quinta-feira, 18 de maio de 2017

Organização e ordem em meio ao caos

 
 Um dos colaboradores da Portas Abertas observa que os cristãos fazem o melhor que podem, mesmo vivendo em condições tão precárias


 República Centro-Africana
"Enquanto ando em torno de centenas de cabanas idênticas de palha e de grama, fico surpreso ao ver um alto nível de organização e ordem. Não há vestígios de álcool ou de produtos para fabricá-lo. O que vejo são famílias inteiras sentadas, conversando na frente de suas ‘casas’ e pais sóbrios interagindo com crianças obedientes. Imagino que isso tenha alguma coisa a ver com as muitas igrejas que são bem atendidas no campo de refugiados", observa Nathan*, um dos colaboradores da Portas Abertas.

 Segundo ele, não é fácil e nem seguro viver assim: "Mesmo com a presença da ONU, se alguém andar fora dos limites estipulados pelos combatentes muçulmanos, pode até ser morto". E qual o motivo disso? Eles matam cristãos para ficar com seus pertences? Ou por que eles são da tribo errada? Ou ainda porque oram a Jesus e não ao deus deles? Embora a resposta seja um combinado de razões, o que está bem claro é que os cristãos estão sendo perseguidos e mortos e as igrejas destruídas. Para quem vive no campo a resposta é bem simples: os muçulmanos não querem que os cristãos vivam perto deles.

 "A vida dos cristãos que estão em áreas controlas pelo ex-Seleka é incerta, cheia de medo de pressão. Muitos ainda vivem em suas próprias casas, mas devem manter a cabeça baixa e ficar em silêncio para não causar mais problemas", disse Enza*, um dos líderes cristãos que atuam por lá. Entre os crimes cometidos pelo grupo extremista, ele citou roubos, casas e cabanas incendiadas com idosos e crianças dentro e cristãos sendo mortos por toda parte.

 "Desde 2013, quando o acampamento foi criado, havia apenas 4 mil pessoas vivendo nele, mas desde o ataque de 12 de outubro de 2016, outros 14 mil cristãos chegaram aqui", explica o líder. O colaborador andou mais um pouco pelo acampamento junto de outro líder, conhecido como Paulo*, que apresentou sua habitação e seu local de trabalho. Apontando para duas cabanas com teto de capim, rodeada de crianças sorrindo, ele disse: "Aqui vive minha família e na outra cabana a família do meu irmão". Então, apontando para uma estrutura ao lado, onde não havia mais nada além de algumas estacas de madeira e grama seca, ele disse: "Essa aqui é a minha igreja", conclui.

 *Nomes alterados por motivos de segurança.

Junte-se a nós pela África

 A República Centro-Africana, 34º país na atual Lista Mundial da Perseguição, faz parte da África Subsaariana, que a região escolhida para o DIP 2017. Se você quer se envolver com os cristãos perseguidos que vivem lá, inscreva-se agora mesmo no Domingo da Igreja Perseguida, que acontecerá no dia 11 de junho. Mais de 7.000 igrejas já estão participando. Faça parte do maior movimento de oração da Portas Abertas pelos nossos irmãos perseguidos no mundo.

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Postado: 18 de maio de 2017

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