terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A Religião do Homem – Parte 2


 
 Continuação

INTRODUÇÃO: Como vimos no estudo passado, a Religião do Homem estabeleceu-se quando nossos primeiros pais aceitaram a sugestão de Satanás de que, comendo do fruto proibido, eles seriam semelhantes a Deus, conhecendo (distinguindo) o bem e o mal. A partir de então o homem achou-se no direito de determinar o que é certo ou não e, criar suas próprias regras. Vejamos em alguns aspectos as coisas que o homem deixou os padrões divinos e estabeleceu os seus próprios padrões.

 EM PRIMEIRO LUGAR: Vejamos a determinação de Deus sobre o casamento.

 Deus determinou que o casamento fosse heterogêneo: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Desde há muito tempo, especialmente, nesses últimos dias a Religião do Homem “mudou a verdade de Deus em mentira” (Rm 1.25) e estabeleceu a união de pessoas do mesmo sexo (Rm 1.26, 27) e hoje, em muitos lugares, elevaram tal ato a categoria de “casamento”, o que nunca ocorreu em toda a história da humanidade e ainda, não aceitam que ninguém discorde sob a pena de processo judicial.

 Deus determinou que o casamento fosse monogâmico: “Deixará o homem o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher” (Gn 2.24). Qualquer relacionamento sexual fora do matrimônio é considerado adultério (Êx 20.14). Mas a Religião do Homem propaga que fidelidade conjugal é coisa do passado e a sua “razão” diz que não há problema algum em dar algumas “escapadas” para experiências novas.

 Deus deliberou também que os jovens se guardassem e esperassem para terem suas experiências sexuais somente após o matrimônio. O exemplo maior é a virgem Maria e São José que eram noivos e quando o anjo Gabriel a visitou anunciando que seria mãe do Salvador, ela exclamou: “como se fará isso, visto que não tenho relação com homem algum?” (Lc 1.34). Já eram noivos e José não a tocara. Por quê? Simplesmente, porque ela era uma crente que conhecia as Escrituras, pois no seu cântico chamado “magnificat”, há quinze referências às passagens do Antigo Testamento e, José, diz a Palavra, era justo (Mt 1.19). Como a Religião do Homem é diferente, as aulas sobre sexualidade, muitas vezes, não são apenas informativas, mas estimuladoras e nas escolas se faz distribuição de preservativos, incentivando assim os adolescentes e jovens à promiscuidade. Aonde chegamos!

 EM SEGUNDO LUGAR: Vejamos a determinação de Deus sobre o respeito à vida.

 Deus ordenou que o ser humano amasse o seu próximo como a si mesmo (Mc 12.31), determinou também que não se derramasse o sangue do ser humano, pois este é conforme a imagem de Deus (Gn 9.6), e o decálogo diz expressamente: “Não matarás” (Êx 20.13). Mas o que diz a Religião do Homem? Para essa, a vida humana não tem nenhum valor. Mata-se por motivo fútil como Lameque que matou um homem por lhe pisar (Gn 4.23). Basta uma discussão no trânsito ou um mal entendido na vizinhança. Filhos matam os pais para apoderarem-se da herança. Pais matam os filhos para atenderem os caprichos de uma nova “esposa”; ladrões matam para tomarem uma carteira, tênis ou até mesmo um boné. Pior: mães mandam matar os seus próprios filhos ainda no ventre e os extirpa como se fora um tumor incômodo. Meu Deus, onde estamos!

 EM TERCEIRO LUGAR: Deus instituiu os governos para cuidarem do povo.

 Em Romanos 13.1, diz que as autoridades foram constituídas por Deus, e no versículo 4 elas são chamadas de MINISTROS DE DEUS para fazerem o bem a sociedade. O conselho de Deus, pela boca dos anciãos ao jovem rei Roboão foi que ele fosse “SERVO DO POVO” (1Rs 12.7). A Religião do Homem, todavia tem postulados diferentes, ela ensina que as autoridades são para se servirem do que é do povo, especialmente nos países do chamado terceiro mundo, o povo que era para ser servido por elas, padece no chão dos corredores dos hospitais, muitos morrem de acidente de trânsito por causa das estradas mal conservadas, esgotos a céus aberto, etc. Já vi mãe com filho louco, em crise, cortando-se com cacos de vidros e ela chorando sem nada poder fazer, pois a secretaria de saúde do município onde ela morava cortou a verba dos medicamentos. Tenho visitado outros países e vejo o transporte digno, estradas pavimentadas (sem buracos), hospitais com pronto atendimento e escolas públicas da infância ao doutorado com acesso para todos; a criminalidade é mínima e se cumpre a palavra que o apóstolo São Paulo escreveu, falando sobre as autoridades e o bem estar do povo: “para que possamos viver tranquilos e serenos com toda piedade e dignidade” (1Tm 2.2). E ainda diz mais que “isto é bom e agradável a Deus nosso salvador” (1Tm 2.3). Porém, a Religião do Homem pensa diferente.

 CONCLUSÃO: Não precisa ser um sábio para compreender que a Religião de Deus é “pura e irrepreensível” (São Tiago 1.27). Por isso, o Senhor brada pela boca do salmista Asafe: “Óh! Se o meu povo me tivesse ouvido! Se Israel andasse nos meus caminhos… Eu o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel saído da rocha” (Sl 81.13,16). Infelizmente, a Religião do Homem é preferida de muitos. Que Deus tenha misericórdia de nós!

 Soli Deo Gloriae!

 Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima é pastor
 formado em Teologia e Direito, advogado,
 professor de Teologia, líder da Assembleia de Deus em Alagoas
 Presidente da COMADAL



Postado: 27 de dezembro de 2016

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