terça-feira, 18 de julho de 2017

A cidade iraquiana de Mossul é libertada

 
 Depois de intensas batalhas, em questão de três anos o Estado Islâmico perdeu cerca de 80% de seu território na Síria e no Iraque


 Iraque
Há poucos dias, o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, declarou a "libertação" da cidade iraquiana de Mossul, depois de uma difícil batalha contra o grupo extremista, que durou nove meses. Milhares de iraquianos ainda comemoram nas ruas de Bagdá, após o anúncio oficial do governo. "Eu declaro ao mundo inteiro o fim, o fracasso e o colapso do Estado Islâmico (EI)," disse Abadi em um discurso em Mossul. "Temos outras missões agora: a reconstrução e a limpeza de células do EI, que precisarão de esforço de inteligência". Centenas de pessoas levantaram bandeiras do país, dançaram e cantaram de alegria.

 Apesar do clima de paz, a situação de segurança ainda é uma constante preocupação. Um líder cristão que fugiu para Erbil com outros cristãos, admite que ainda tem medo. Apesar disso, ele motiva os irmãos a retornarem e reconstruírem a cidade. "É nossa missão vivermos como cristãos no lugar onde o cristianismo começou", afirmou.

 "Eu tenho sentimentos misturados de felicidade por derrotar o Estado Islâmico em Mossul e tristeza por meus colegas que morreram nas batalhas anteriores. No entanto, eu quero felicitar todos os iraquianos por essa grande vitória," disse Saad Aziz, um soldado do bairro de Mansour, no oeste de Bagdá. Para garantir a segurança nas comemorações, as forças iraquianas bloquearam algumas vias. Dezenas de policiais permaneceram nas principais ruas e áreas comerciais da cidade.

 Em questão de três anos, o Estado Islâmico perdeu 80% de seu território na Síria e no Iraque. Mas o grupo jihadista chegou a dominar uma área do tamanho do Reino Unido. Em 2014, no momento de sua máxima expansão territorial, o EI chegou a controlar uma área de 242 mil km² entre a Síria e o Iraque, segundo a BBC. Entretanto, no começo de 2017, o califado controlava uma área de apenas 45.377 km², segundo a Reuters. Menos de um quinto do que era há três anos. Embora o momento seja de muito otimismo, segundo os especialistas, a luta contra o EI ainda não acabou. Eles acreditam que a redução territorial não significa o fim da guerra contra o califado.

 Desde o final do ano passado, igrejas em algumas regiões de Mossul já começaram a ser reabertas e, aos poucos, os cultos voltaram a ser realizados. Apesar das dores e traumas causados pela guerra, muitos cristãos ansiavam por esse momento. Os primeiros fiéis que retornaram para suas vilas, há alguns meses, foram considerados corajosos, pois ainda não havia muito reforço na segurança. A expectativa é que agora muitos outros retornem também. Ore pela Igreja Perseguida no Iraque.

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Postado: 18 de julho de 2017

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